SECÇÃO 4 – RELIGIOSIDADE AFRO-BRASILEIRA E RESISTÊNCIA

A trajetória dos negros no Brasil sempre foi de luta, resistência e sobrevivência. Durante o processo da escravidão uma das formas de resistência ao colonialismo e ao catolicismo dominante foi a religião. Os sujeitos escravizados trouxeram consigo suas cresças e cosmologias que associadas ao catolicismo e elementos de origem indígenas deram origens às religiões afro-brasileiras. Essas manifestações se constituíram em meio a muitas dificuldades e ainda sofre para ganhar espaço e se efetivar enquanto religião na sociedade. Podemos pensar que religiões de matrizes africanas como o Candomblé, a Umbanda e Tambor de Mina, podem ser vistas como uma espécie de instituição de resistência cultural. Primeiramente dos africanos, e depois dos afrodescendentes, diante de um sincretismo forjado pela história. Historicamente pode-se afirmar que os terreiros de religião afro-brasileira, em suas variadas e múltiplas formas, tornaram-se espaços de resistência e luta política.