QUILOMBOS DO MARANHÃO

Quilombo origina-se da língua Bantu, remete a palavra kilombo, que significa lugar de pouso ou acampamento. No Brasil Colonial a palavra kilombo passou a ser utilizada para denominar os locais em que negros fugidos ou envolvidos em movimentos políticos de libertação dos escravos, encontravam morada e acolhimento ao serem perseguidos. Daí, origina-se o termo quilombola e comunidades quilombolas, cujas características são uma forte e atuante ancestralidade africana.

O Estado do Maranhão, que juntamente com a Bahia e o Rio de Janeiro são os estados brasileiros que receberam o maior contingente de escravos, é formado por diversas comunidades quilombolas. Esta galeria intitulada “Quilombos do Maranhão”, retrata o cotidiano de algumas dessas inúmeras comunidades no Estado do Maranhão. 

O primeiro verbete, intitulado Quilombos do Maranhão se constitui de fotos produzidas durante gravações do documentário Kilombos, de autoria de José Ribamar P. do Nascimento retrata algumas comunidades quilombolas do Maranhão, em fotografias tiradas no período de filmagem do documentário, retrata a vida cotidiana – trabalho, devoção religiosa, artefatos  da vida doméstica e aspectos culturais.

O segundo verbete, intitulado Cotidianos Quilombolas Maranhenses da fotógrafa Reinilda de Oliveira Santos, retrata também o cotidiano de diversas residências quilombolas, utensílios domésticos e devoção religiosa.

Quilombos do Maranhão 

José Ribamar Pereira do Nascimento. Fotógrafo, documentarista, graduado em História pela Universidade Federal do Maranhão. Participou da produção do documentário Kilombo.

Mais informações:

As fotos foram realizadas durante as gravações do documentário Kilombos, filmado principalmente do Maranhão, mas também em Cabo Verde e na Guiné-Bissau, promovido pela ONG portuguesa Instituto Marquês Vale de Flor (IMVF), em parceria com organizações locais.

Mais informações em:

https://pt.globalvoices.org/2012/03/28/brasil-kilombos-documentario/

https://www.youtube.com/watch?v=kNuT8233CdM

 

Museu Meu Quilombo Minha História

O museu Meu Quilombo Minha História foi um dos resultados do Projeto de pesquisa e inventario de referências culturais, construído de forma participativa (equipe de pesquisa e lideranças das comunidades), que mapeou os modos de ser, fazer, celebrar e saber de nove comunidades quilombolas do Maranhão: Cariongo, Vila Fé em Deus, em Santa Rita; Carro Quebrado, Queluz e Pedrinhas, em Anajatuba, e Canta Galo, Outeiro dos Nogueiras, Jaibara dos Nogueiras e Pedrinhas Clube de Mães, em Itapecuru-Mirim, no período de 02/10/2018 a 02/04/2019. Em atendimento ao edital lançado pelo Instituto de Políticas Sustentáveis do Maranhão (INSPOSUMA) e materializado pela Associação Cultural Pé no Chão, através dos pesquisadores Andréa Frazão, Cida Macêdo, Jandir Gonçalves (coordenador), Reinilda Oliveira e Silvia Diniz.

O espaço foi construído com objetos feitos pelos sujeitos que vivem nas comunidades e que lhes dão o devido significados, uma vez que representam os conhecimentos e modos de fazer enraizados no cotidiano de cada comunidade. As peças são oriundas dos saberes associados a atividades, técnicas, ofícios e matérias-primas locais. Trata-se da apreensão dos saberes e dos modos de fazer relacionados à cultura, memória e identidade.

Quilombo Canta Galo/Itapecuru-Mirim